
Fábula da Convivência
Há milhões de anos, durante uma era glacial, quando parte do nosso planeta esteve coberto por grandes camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio e morreram, indefesos, por não se adaptarem às condições.
Foi então que uma grande quantidade de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver começaram a se unir e juntar-se mais e mais.
Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavam uns aos outros, aqueciam-se mutuamente, enfrentando por mais tempo aquele frio rigoroso.
Porém - vida ingrata - os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital. Questão de vida ou morte.
E afastaram-se, feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito...
Mas essa não foi a melhor solução.
Afastados, separados, logo começaram morrer de frio, congelados.
Os que não morreram voltaram a se aproximar pouco a pouco, com jeito, com cuidado, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem magoar, sem causar danos e dores uns nos outros.
Assim, suportaram-se, resistindo à longa era glacial.
Sobreviveram.
É fácil trocar palavras. Difícil é interpretar o silêncio.
É fácil caminhar lado a lado. Difícil é saber como se encontrar.
É fácil beijar o rosto. Difícil é chegar ao coração.
É fácil apertar as mãos. Difícil é reter o calor.
É fácil conviver com pessoas. Difícil é formar uma equipe.
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Esta mensagem sempre me chamou a atenção.
Pecamos na maioria das vezes pelo fato de não conseguirmos conviver conforme deveríamos.
Nos faz refletir sobre como é difícil conviver com as pessoas sem invadir seus conceitos, sua forma de agir.
Assim erramos todos os dias, cada um de sua forma.
Temos o costume, como seres imperfeitos, de concluir que as coisas devem ser como achamos certo sem levar em conta a opinião daqueles que convivem conosco.
Por isso machucamos as pessoas e afastamo-nos delas.
Mas como estamos sempre em evolução, ainda é tempo de retirar os espinhos e convivermos em Paz.
Que assim seja!
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